Caipirinha: um capítulo à parte
CACHAÇA
Origem: Sá de Miranda registra a sua presença em Portugal no fim do século XV.
Passou a ser produzida na Ilha da Madeira, aperfeiçoando-se no norte do Brasil.
Não se sabe ao certo o período colonial da sua introdução no país. Após a Independência já existia cachaça no Brasil. A definição “cachaça” é de 1913. Vinho das Borras, aguardente do mel ou borras de melaço.
1584 – registra o primeiro Alambique do país.
Processo de fabricação: cana de açúcar, leveduras e água. Moagem do suco, destilação e envelhecimento natural em tonéis.
A CAIPIRINHA
1 dose (5 cl / 2 onças) de Cachaça
2 colheres de bar de açúcar
½ limão
Montar em um copo Old Fashioned, colocando o açúcar e limão cortado em fatias finas sem o miolo.
Pressione o limão e o açúcar com o amassador, acrescente a Cachaça, o gelo e mexa.
Sirva com o mexedor.
CAIPIRINHA II (BATIDA DE LIMAO)
1 dose (5cl/ 2 onças) de Cachaça
1 colher de bar de açúcar
½ Suco de um limão
Preparar na Coqueteleira e servir em copo Old Fashioned com gelo.
Chef Marcio Lopes "sempre lembrando um pouco da nossa cultura."
Coquetéis possuem um simbolismo identificador da cultura de expressão inegável. O mais famoso coquetel brasileiro é um elo de identificação cultural para os estrangeiros que visitam o Brasil como é a Margarita, para o México, pois sua origem é popular, motivo para muitos etnógrafos justificarem sua longevidade e sobrevivência cultural. Segundo Souza, nas festas os escravos costumavam beber uma mistura de garapa ou cachaça com suco de frutas. A mais famosa era a batida de limão, que pode ser considerada a precursora da Caipirinha. Acredita-se que o notório coquetel brasileiro tenha nascido no interior de São Paulo ( o que explicaria o nome do aperitivo) como remédio contra a gripe. A bebida seria à base de limão-galego, mel e alho.
Ousados, representantes da vanguarda intelectual da primeira metade do século XX, para muitos pretensiosos, mas sobretudo, fundamentais para a construção dos elementos que compuseram a identidade cultural nacional, os Modernistas adotaram a cachaça como bebida genuinamente brasileira. A valorização dessa identidade como patrimônio cultural nacional teve nesse grupo de intelectuais a responsabilidade pela preservação dos vestígios mais significativos da cultura brasileira, que de alguma forma foram marcantes no passado da nação. Há diversas citações da valorização da bebida pelos Modernistas como um produto mediador da sociabilidade entre as classes sociais, apesar da aparente aversão das elites burguesas que a discriminavam como um produto pouco refinado. Mas segundo uma declaração recente da autora da mais nova biografia de um dos pilares dos ideais Modernistas, a pintora Tarsila do Amaral, até os aristocratas brasileiros consumiam a bebida com apreço.
Tarsila inclusive organizava na década de 20, com seu marido Oswald de Andrade, famosas feijoadas em Paris. O feijão preto e a carne de porco eram até fáceis de conseguir, mas a cachaça para a caipirinha vinha do Brasil e passava pela alfândega francesa rotulada como “produto de beleza”. Em seu atelier, Tarsila era requisitada por diversas personalidades da época que apreciavam nossa cachaça. Ela mesma preparava a caipirinha, cuja receita era própria. Nas fazendas de seu pai era cultivada a cana de açúcar e a cachaça era também apreciada em sua família.
Um fenômeno de simplicidade e requinte, a Caipirinha virou sinônimo de alegria e espontaneidade do povo brasileiro. Provar a bebida é como sentir o gosto do Brasil. Em 1998, graças aos esforços de Derivan Ferreira de Souza, ex presidente da ABB (Associação Brasileira de Barmen) e ex-presidente da IBA (Internacional Bartenders Association) da América Latina, a Caipirinha se tornou um dos 62 coquetéis oficiais da IBA, tendo seu receituário inscrito no livro dos coquetéis clássicos. Segundo a ABRABE, graças ao sucesso da Caipirinha, a cachaça ingressou no mercado externo e está conquistando cada vez mais um público maior. Aliás, todos os que já recepcionaram estrangeiros no Brasil sabem que a bebida é o mais apreciado cartão de visitas do país.
A Caipirinha, assim como o queijo mineiro, a feijoada e o churrasco, representam a identidade brasileira cultural e para o povo brasileiro é parte do patrimônio cultural do Brasil. Augustin Santana Talavera, editor da revista Pasos, define patrimônio como a síntese simbólica dos valores identificadores de uma sociedade que o reconhece como próprio e relaciona uma sociedade ou cultura com seu ambiente.
Origem: Sá de Miranda registra a sua presença em Portugal no fim do século XV.
Passou a ser produzida na Ilha da Madeira, aperfeiçoando-se no norte do Brasil.
Não se sabe ao certo o período colonial da sua introdução no país. Após a Independência já existia cachaça no Brasil. A definição “cachaça” é de 1913. Vinho das Borras, aguardente do mel ou borras de melaço.
1584 – registra o primeiro Alambique do país.
Processo de fabricação: cana de açúcar, leveduras e água. Moagem do suco, destilação e envelhecimento natural em tonéis.
A CAIPIRINHA
1 dose (5 cl / 2 onças) de Cachaça
2 colheres de bar de açúcar
½ limão
Montar em um copo Old Fashioned, colocando o açúcar e limão cortado em fatias finas sem o miolo.
Pressione o limão e o açúcar com o amassador, acrescente a Cachaça, o gelo e mexa.
Sirva com o mexedor.
CAIPIRINHA II (BATIDA DE LIMAO)
1 dose (5cl/ 2 onças) de Cachaça
1 colher de bar de açúcar
½ Suco de um limão
Preparar na Coqueteleira e servir em copo Old Fashioned com gelo.
Chef Marcio Lopes "sempre lembrando um pouco da nossa cultura."
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