Sintomas
Incluem: naúseas, caimbras, gases dolorosos, inchaço, diarréia.
Os sintomas tendem a se desenvolver 30 minutos a 2 h após o consumo de produtos lácteos. A severidade dos sintomas varia, dependendo da quantidade de lactose que cada indivíduo pode tolerar. Algumas pessoas são mais sensíveis aos alimentos, mesmo contendo pequenas quantidade de lactose, enquanto outras podem consumir grandes quantidades que não notam os sintomas.
Alimentos ricos em lactose
Os alimentos mais comuns ricos em lactose incluem os produtos lácteos tais como leite e sorvete. Lactose é às vezes adicionada a alguns alimentos, tais como pães e confeitaria, cereais, molhos de saladas, doces e petiscos.
Os alimentos contendo soro do leite, subprodutos lácteos, sólidos secos do leite e leite em pó desnatado contêm lactose. Coalho, também um produto baseado em leite, tem pequenas quantidades de lactose.
A lactose está presente em quantidades muito pequenas em cerca de 20% das prescrições médicas, tais como pílulas anticoncepcionais e cerca de 6% dos medicamentos disponíveis para venda em balcão, tais como comprimidos para acidez estomacal e para gases.
Existem três tipos básicos de intolerância à lactose: a genética, a resultante de injúria ou doença e a adquirida. A intolerância genética é maior em determinadas raças de seres humanos. Assim, são intolerantes genéticos à lactose cerca de 90% dos asiáticos (chineses, japoneses, filipinos, coreanos, etc.), 75% dos negros, árabes, judeus, gregos cipriotas, esquimós, índios e cerca de 15% dos europeus. A intolerância genética, entretanto, só aparece após alguns anos de vida, dois a três anos por exemplo, apesar de haver raras exceções. Crianças de qualquer raça com menos de um ano, normalmente, são tolerantes à lactose. A intolerância aparece depois (Brandão, 2000). Este distúrbio é repassado de geração a geração em padrão de hereditariedade chamada de autossomal recessiva. Isto significa que ou a mãe ou o pai podem passar a forma defeituosa do gene para a criança a ser afetada.
Para muitas pessoas, a intolerância à lactose se desenvolve naturalmente ao envelhecerem. O intestino delgado começa a produzir menos lactase na maioria das crianças. Mas somente certas pessoas desenvolvem os sintomas. Certas doenças digestivas tais como doença de Crohn, doença celíaca (uma doença digestiva danificadora do intestino delgado e que interfere com a absorção dos nutrientes dos alimentos) e injúrias aos intestino delgado podem reduzir a quantidade de lactase disponível à digestão apropriada da lactose. Mas, segundo Solé (2002), o aumento do uso de fórmulas lácteas adaptadas e o desmame precoce das crianças, têm sido os principais responsáveis pelo aumento da incidência de intolerância à proteínas do leite de vaca.
A intolerancia a lactose secundária, resultado de injúria ou doença, ocorre quando o intestino delgado diminui a produção de lactase após uma patología, cirurgia ou injúria ao intestino delgado. Pode acontecer como resultado de doenças intestinas, como doença celíaca, gastroenterite e doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn. O tratamento do distúrbio subreptício pode restaurar os níveis de lactase e limpar sinais e síntomas, embora possa levar tempo.
Diagnóstico
Com frequência, é diagnosticada com base nos sintomas e alívio destes sintomas ao evitar os produtos lácteos. Contudo, a fim de confirmar o diagnóstico, os médicos devem prescrever exames para intolerância à lactose. Muitos médicos pedem aos pacientes suspeitos de terem a doença para evitarem leite e seus derivados por 1 a 2 semanas para ver se seus sintomas diminuem, e então confirmam o diagnóstico com o teste de monitoração da quantidade de hidrogênio nos gases exalados pela respiração, após a ingestão da lactose; o teste de tolerância, que consiste em fornecer lactose pura ao paciente e a concentração de glicose no sangue é monitorada por duas horas; e o teste da acidez das fezes, realizado para se determinar se a lactose chegou no intestino grosso, o que produz ácido lático e outros ácidos que acidificam as fezes. O teste mais direto é a biópsia do intestino delgado (BID) para medir os níveis em lactase no revestimento. Contudo, estas biópsias são invasivas e requerem análise especializada. Por esse motivo, os níveis em lactase não são geralmente mensurados através de biópsia exceto em propostas de pesquisa.
É uma patologia muito rara em bebes. Se um bebe ou criança pequena tiver sintomas de intolerância, o pediatra recomendará a mudança da fórmula de leite de vaca para fórmulas à base de soja até que os sintomas desapareçam e aos poucos se reintroduz os produtos lácteos em tempo posterior. Se necessário, confirma-se o diagnóstico pelo teste de acidificação das fezes.
Tratamento
É facilmente tratada. As pessoas portadoras da condição podem geralmente encontrar o nível de alimentos contendo lactose tolerável, assintomático. Também, podem ser capazes de tolerar certos produtos lácteos, como queijo, iogurte e cottage. As culturas ativas no iogurte ajudam a quebrar um pouco das enzimas da lactose, ajudando a digestão.
A ingestão de leite na Europa Central
A capacidade de digerir o açúcar do leite, a lactose, desenvolveu-se primariamente nas comunidades fazendeiras de leite na Europa Central. As mutações genéticas que permitiram aos europeus primitivos a ingerirem leite sem ficar doentes foi mapeada aos fazendeiros de leite, ao redor de 7500 anos atrás em uma região entre os Balcãs e a Europa.
Previamente, se pensava que a seleção natural favorecia os bebedores de leite por conta de sua grande necessidade em vitamina D na sua dieta. Na maior parte do globo terrestre, as pessoas produzem vitamina D quando a luz solar alcança sua pele, mas nas latitudes ao norte, não há luz solar suficiente para realizar este processo na maioria do ano.
A maioria dos adultos no mundo não produzem a enzima lactase e assim ficam inaptos a digerir o açúcar do leite, a lactose. Contudo, a maioria dos europeus continua a produzir lactase por toda a sua vida, uma característica conhecida como lactase persistente. Uma mutação genética singular está fortemente associada com a lactase persistente e parece ter dado às pessoas uma grande vantagem em sobrevivência. Como o consumo dos adultos em leite fresco só foi possível após a domesticação dos animais, é quase certeza que a lactase persistente co-evoluiu com a prática cultural de aleitamento, embora não se saiba quando começou na Europa ou que fatores conduziram à rápida disseminação.
Parece ter começado ao redor de 7500 anos atrás, entre os Balcãs e a Europa, provavelmente entre as culturas da cerâmica linear. Mas ao contrário da crença popular, descobriu-se que a necessidade por vitamina D não é a chave para explicar o motivo da lactase persistente ser comum no norte da Europa atualmente.
Muitas razões foram levantadas a respeito dos motivos em ser capaz de ingerir leite fresco e que pode representar uma vantagem. Por exemplo, leite pode compensar a falta de luz solar e a síntese de vitamina D na pele nas latitudes mais ao norte, pois a vitamina D é requerida para absorção do cálcio e o leite fornece uma boa fonte dietética de ambos nutrientes. Leite também representa fonte alimentar rica em calorias e proteínas, apresenta-se em suprimento relativamente constante comparado à sazonalidade das colheitas e se contamina menos que os suprimentos de água.
As proteínas do leite encontradas em vasilhas cerâmicas evidenciam o aleitamento presente na Romênia e Hungria ao redor de 7900 – 7450 anos atrás. Mas é mais certo de que o leite era fermentado para fazer iogurte, manteiga e queijo e não ingerido fresco. Os romanos usavam o leite de cabra e ovelha para produzir queijo, e o gado era animal de tração. Contudo, os povos germânicos e célticos praticavam a pecuária leiteira e bebiam leite fresco em quantidades significativas. A atual distribuição da lactase persistente parece sugerir origem no norte da Europa – especialmente Irlanda e Escandinávia – pois é encontrada em alta frequência até hoje. Dali rapidamente se disseminou por onde os colonizadores foram se assentando.
Chef Marcio Lopes " sempre com vocês."
É a incapacidade de digerir a lactose, o açúcar primário encontrado no leite e seus derivados. É causada pela deficiência da lactase no organismo, uma enzima produzida pelo intestino delgado necessária para digerir a lactose. Embora a intolerância à lactose não seja perigosa, seus sintomas podem ser estressantes.
Olá, blogueiro (a),
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