Assim que percebi que hoje era a primeira sexta feira do ano, percebi que não podia deixar de agradecer a todos o meus amigos. E desejar um bom ano cheio de saúde, paz e muitas felicidades a todos. E pedir muito AXE para todos vocês. A todos amigos muito AXE.
Quem é Ogum
Na mitologia yorubana, Ogun é um orixá filho, ou eborá. Olokun, senhor dos oceanos, e Oduduwa, orixá mais importante dessa cultura, são seus pais, ou criadores. Existem outras vertentes de conhecimento que dizem ser Ogun, filho de Orinshala (Oxalá) e Oduduwa, ou ainda Yemonjá e Oxalá.
Ogun é o que vem primeiro, o que está sempre à frente, um líder nato. Ele conhece e domina todos os caminhos, por isso nunca se perde e está sempre ajudando, quando corretamente evocado. É o deus do ferro, dos ferreiros e de todos que utilizam esse metal. Força da natureza que se faz presente nos momentos de impacto e nos momentos fortes. Considerado como um orixá impiedoso e cruel, temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a vida em sua plenitude.É orixá da guerra. Seu nome, significa luta, batalha, briga. Os lugares consagrados a Ogum ficam ao ar livre, na entrada das casas e terreiros. Seus assentamentos geralmente são pedras em forma de bigorna junto às árvores. Ogum é representado também por franjas de palmeira ou dendezeiro desfiadas chamadas mariwo que penduradas nas portas ou janelas, representam proteção, cortando as más influências e protegendo contra pessoas indesejáveis. Sem sua permissão e proteção, nenhuma atividade útil, tanto no espaço urbano como no campo, poderia ser aproveitada. Além de poderoso guerreiro, é também um exímio caçador, assim como Odé, seu irmão. Ogun, que conhece os caminhos como ninguém, sabe onde encontrar sua caça. Ele não fica parado esperando, vai atrás dela, até conseguir capturá-la.
Lendas sobre Ogum
"Oya vivia com Ogum antes de ser mulher de Xangô. Ela ajudava Ogum no seu trabalho, carregava seus instrumentos, manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ogum deu a Oyá uma vara de ferro igual à que lhe pertencia, que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove, caso estas se tocassem em uma briga. Xangô gostava de se sentar perto da forja para apreciar Ogum bater o ferro e sempre lançava olhares a Oyá e ela por sua vez, também lançava olhares a Xangô. Xangô era muito elegante. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Um dia Oyá e Xangô fugiram e Ogum lançou-se em perseguição deles. Encontrando os fugitivos, brandiu sua vara mágica, Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E assim que Ogum foi dividido em sete partes e Oyá em nove, recebeu o nome de Ògún Mejé e ela o de Iansâ".
O Vatapá é uma das comidas oferecidas a Ogum
Ingredientes
700 gr de bacalhau (pode substituir por postas de peixes)
1 cebola grande(150g) cortado em pedaços
2 dentes de alho
2 tomates grandes(300g)sem pele e sem sementes, cortado em pedaços.
1 pimentão vermelho médio(120g)sem sementes, cortados em pedaço.
¾ xícara de folhas de coentro
2 pães de forma(cerca de 700gr) sem casca(pode ser outro tipo de pão mas amanhecido e sem casca)
1 xícara(240ml) de água
3 xícaras(720ml)de leite de coco
½ xícara(120ml) de azeite-de-dendê
1 xícara (75g) de camarões secos, sem casca e sem cabeças.
2 colheres(sopa)(40g) de gengibre fresco ralado
1 xícara(140g) de castanhas de caju picadas
Sal e pimenta do reino a gosto
Como fazer
Coloque o bacalhau numa tigela, cubra com água fria e deixe de molho por 36 horas, trocando a água 3 a 4 vezes(deixe a tigela na geladeira). No dia seguinte, escorra o bacalhau e elimine a pele e as espinhas.
Passe o bacalhau na maquina de moer o no processador de alimentos junto com a cebola, os dentes de alho, os tomates, os pimentões e as folhas de coentro. Coloque a mistura numa tigela, cubra com filme plástico e deixe pegar gosto.
Enquanto isso, numa tigela grande, esmigalhe o pão com as mãos. Umedeça com a água e 1 xícara do leite de coco e deixe de molho por, no mínimo, 30 minutos. Coloque o pão no copo do liquidificador, bata em velocidade alta ate triturar bem e passe para um tigela.
Numa panela grande, coloque o azeite-de-dendê, leve ao fogo alto, deixe aquecer e junte a mistura de bacalhau e camarões secos. Cozinhe, mexendo de vez em quando com uma colher de pau, por 15 a 20 minutos.
Acrescente o pão e o leite de coco restante, e continue a cozinhar, mexendo sempre, ate surgirem bolhas na superfície da mistura. Junte o gengibre e as castanhas de caju, cozinhe por mais 5 minutos, verifique o tempero e acrescente sal e pimenta a gosto, tire do fogo, passe para uma tigela de barro, de preferência, e leve a mesa.
Chef Marcio Lopes "sempre com vocês" divulgando a cultura brasileira
Muito Axe, para meus amigos.
O Chef Fala: Digno de nota é o Vatapá de carne de porco, cuja receita original foi publicada em "Cozinheiro Imperial", Rio de Janeiro, atestando a riqueza deste prato festejado só varias roupagens.
O vatapá pode ser feito com galinha ou com sobras de peixe como robalo, badejo ou namorado. igualmente se pode usar o bacalhau. Quanto à técnica do preparo, guarda uma semelhança com a açorda portuguesa, mas é o azeite de dendê africano que lhe dá o dourado característico e é a castanha de caju juntamente com o amendoim que lhe emprestam o charme brasileiro deste prato. Já dizia Câmara Cascudo: "O Vatapá continua evoluindo, complicando-se na elaboração culinária......ele está crescendo".
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